Escolha de Manaus como uma das sedes das reuniões do G20 no Brasil em 2024 é apontado por representantes da indústria, por autoridades e economistas do Amazonas como um fato estratégico para impulsionar as demandas econômicas e ambientais do Estado e da região Amazônica como um todo no cenário internacional. A notícia de que a cidade receberá um dos eventos do G20 foi divulgada pelo Valor Econômico.
Para o superintendente da Zona França de Manaus (ZFM), Bosco Saraiva, a reunião vai trazer relevância não só para o Estado, mas também para toda a região Norte.
“É a primeira vez que o encontro das vinte maiores economias do mundo será realizado no País. Assim o Brasil, por estar recebendo os líderes, pode definir as pautas e julgar as questões que considerar mais relevantes. Logo, aqui será palco de um vasto diálogo técnico econômico, e uma excelente oportunidade para que essas potências globais conheçam, ainda mais de perto, a importância da ZFM para o mundo”, explicou inicialmente.
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, Manaus vai assumir um protagonismo.
“Diante de sua posição e vocação, a cidade tem todo o potencial para ocupar um papel de destaque nessas ações. Isso posiciona a capital como um expoente nesse área econômica, conferindo voz ativa nas discussões e prospecções de soluções que tenham como base um desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável”, disse.
“A internacionalização de Manaus abre possibilidades para que possamos consolidar nossa economia diante dos processos altamente integrados e globalizados que regem essas atividades”, afirmou Antônio Silva.
Na avaliação da economista Denise Kassama, o encontro vai proporcionar a tão esperada oportunidade para apresentar a Amazônia com outros olhos para o mundo.
“Todo mundo fala sobre a Amazonia ou se dizem conhecedores, mas poucos efetivamente já estiveram na região de fato. A participação de representantes nessas reuniões são fundamentais para expor de forma clara e objetiva a realidade dos amazonidas, que de fato deveriam ser os meios e os fins das ações preservacionistas”, defendeu.
O G20 foi criado no ano de 1999. É composto pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Esses países representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global, 75% das exportações, cerca de 70% dos investimentos diretos estrangeiros e 60% da população mundial.